quarta-feira, 20 de julho de 2016

Vamos falar de Pokemon

Não há uma única altura em que não sejam produzidas distrações. Devia ser algo natural sair à rua, descobrir sítios novos, devia ser algo natural querer fazer algo pelos animais, pelo próximo, pela sociedade em geral. Devia ser algo natural. Mas deixamos que uma app surja para nos fazer ir para a rua. E continuamos a não refletir no que realmente importa.

Numa altura em que vivemos uma crise de valores, já ninguém sabe o que é certo e o que é errado. E com isso acredito que ainda haja muita gente que não pesou os prós e contras daquela que é a app mais descarregada dos últimos dias. Se abarca coisas positivas é porque não devemos condenar. Mas temo que vivamos cada vez mais num mundo em que somos todos iguais e que temos de fazer as mesmas coisas.


Tu, que agora jogas Pokemon no telemóvel, há quanto tempo não lês um livro em tempo record? Há quanto tempo não tens uma conversa interessante com um desconhecido? Há quanto tempo não discutes ideias e ideais que te fazem adormecer a pensar nisso? Há quanto tempo não estás mais de quatro horas sem acesso ao telemóvel? Há quanto tempo não vives o momento com as pessoas à tua volta abstraído do que se passa à tua volta? Quero acreditar que haja quem se reveja.

Não condeno a febre dos Pokemons. Mas entristece-me saber que o ‘novo’ não potencia a diversidade mas unicamente a uniformização da sociedade. O que se está a passar? Enquanto uns vão brincar com pokebolas, outros andam a destruir vidas de inocentes, havendo ainda quem já esteja a preparar a nova distração.

Somos Seres Humanos. Mas parece que estamos a deixar o SER de lado, ficando apenas o Humano.




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