segunda-feira, 25 de julho de 2016

Correr atrás do vento

"Tenho visto tudo o que é feito debaixo do sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento!

O que é torto não pode ser endireitado; o que está faltando não pode ser contado.
Pensei comigo mesmo: Eu tornei-me famoso e ultrapassei em sabedoria todos os que governaram Jerusalém antes de mim; de facto adquiri muita sabedoria e conhecimento.
Assim eu esforcei-me para compreender a sabedoria, bem como a loucura e a insensatez, mas aprendi que isso também é correr atrás do vento.

Pois quanto maior a sabedoria maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto".

O Rei Salomão provou de muitas coisas enquanto vivo. Provou os prazeres da carne, provou o vazia da riqueza dos bens materiais, provou e viveu. Os anos passaram e deixou-nos um livro fantástico. Eclesiastes. O Rei Salomão podia pedir muita coisa a Deus. Decidiu pedir Sabedoria. Com isso alcançou um entendimento fantástico que nos deixa em todos os versículos.

Correr atrás do vento é inútil. É ter uma mão cheia de nada. É abraçar o vazio e deixarmos parte de nós ali, naquele tempo e naquele espaço. E ficarmos num estado verdadeiramente pior do que o inicial.

"Sejamos pois astutos como a serpente e simples como a pomba"

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Vamos falar de Pokemon #2

Feito o enquadramento no meu post de ontem, o que se tem feito para explorar esta febre dos Pokemons?

Ao que parece, e segundo um estudo da E.Life, atualmente, um jogador do Pokémon GO passa mais tempo lá, cerca de 33 minutos diários, do que no Facebook, Instagram ou Snapchat. Pronto, tudo bem. Mas quanto ao n.º de Tweets, fala-se mais deste fenómeno do que do Brexit ou do Euro 2016, segundo a BBC. What?! Ok ok... também não devia estranhar.

Snapchat- criou uma nova “história” chamada “Catch Those Pokémon!”;

Spotify - viu um crescimento de mais de 360 por cento no streaming do genérico "Gotta Catch 'Em All”;

Uma cadeia americana de pastelaria - ofereceu-se para “retweetar” as fotografias de jogadores que apanhem Pokémon numa das suas lojas;

PSP – Já entrou na febre com posts e dicas para apanhar estas criaturas;

Vodafone – Relembrou os utilizadores que podem aumentar os dados móveis para apanhá-los;

Estádio SLB – já fez valer a sua Pokéstop no Facebook;

Táxis - Lia-se esta semana este anúncio no OLX: "Levo jogadores de Pokémon Go na região de Lisboa com pick up e largada a combinar. A baixa velocidade e as paragens que forem necessárias. Podes dividir o valor pelos teus amigos. 30€ a primeira hora, 25€ a partir da segunda hora." – e foi precisamente este que me deixou surpresa.


Quem o revela num estudo é a E.Life.
Só digo a isto… Grande negócio.



quarta-feira, 20 de julho de 2016

Descobertas musicais

Música, uma das minhas paixões. E quem me conhece sabe bem que ouço de tudo um pouco. Já pensei que, por isso, tinha uma personalidade indefinida. Mas agora sei que trata-se apenas de diferentes estados de espíritos. Temos milhentas pessoas dentro de nós. Somos amigos, amantes, irmãos, trabalhadores, individuais. De manhã posso estar a ouvir um rock, ouvir hip hop no almoço, chill da parte da tarde, latino a chegar à noite e um jazz à noite.

Gosto de descobrir músicas novas e alegra-me ver o talento nacional. 

Recentemente descobri um tipo que já trabalhou com o Richie Campbell. Mishlawi. Português e que podia perfeitamente estar na Banda Sonora de qualquer filme que contivesse uma cena de índole sensual. 

Se o Weeknd consegue mais de 8MM de views com o The Hills, este Always on my Mind poderia alcançar isso.

São estilos diferentes mas a essência, o tom, a melodia estão lá.





Vamos falar de Pokemon

Não há uma única altura em que não sejam produzidas distrações. Devia ser algo natural sair à rua, descobrir sítios novos, devia ser algo natural querer fazer algo pelos animais, pelo próximo, pela sociedade em geral. Devia ser algo natural. Mas deixamos que uma app surja para nos fazer ir para a rua. E continuamos a não refletir no que realmente importa.

Numa altura em que vivemos uma crise de valores, já ninguém sabe o que é certo e o que é errado. E com isso acredito que ainda haja muita gente que não pesou os prós e contras daquela que é a app mais descarregada dos últimos dias. Se abarca coisas positivas é porque não devemos condenar. Mas temo que vivamos cada vez mais num mundo em que somos todos iguais e que temos de fazer as mesmas coisas.


Tu, que agora jogas Pokemon no telemóvel, há quanto tempo não lês um livro em tempo record? Há quanto tempo não tens uma conversa interessante com um desconhecido? Há quanto tempo não discutes ideias e ideais que te fazem adormecer a pensar nisso? Há quanto tempo não estás mais de quatro horas sem acesso ao telemóvel? Há quanto tempo não vives o momento com as pessoas à tua volta abstraído do que se passa à tua volta? Quero acreditar que haja quem se reveja.

Não condeno a febre dos Pokemons. Mas entristece-me saber que o ‘novo’ não potencia a diversidade mas unicamente a uniformização da sociedade. O que se está a passar? Enquanto uns vão brincar com pokebolas, outros andam a destruir vidas de inocentes, havendo ainda quem já esteja a preparar a nova distração.

Somos Seres Humanos. Mas parece que estamos a deixar o SER de lado, ficando apenas o Humano.