sexta-feira, 25 de março de 2011

"Politiquices "

O jantar estava a ser feito, e aqui na cozinha cheia de estudantes só se ouvia “será que o Sócrates se vai demitir? Ahahah”, e eu só pensava “cada vez estou a cozinhar melhor!”. Quando finalmente me levanto da mesa para ir ver as novidades que passavam na TV, li em primeiro lugar “Sócrates demitiu-se”, e sinceramente nem me lembro o que pensei na altura, mas deve ter sido algo como “tenho de ir beber um café, estou a morrer de sono”. Eu sinceramente nem sei porque é que estou a falar deste assunto, visto que neste preciso momento é do que mais se fala, sejam os canais que forem. Será que terei mais matéria se falar no violador de Telheiras que se diz arrependido pelos seus 74 crimes? Hum, não sei se será boa política falar sobre isso. Ups, lá está, é mais forte que eu não referir este tipo de assuntos, até porque, um amigo meu publicou no Facebook “quem apoia ‘André a Primeiro Ministro’? os dez primeiros ganham pastas ministeriais!” Eu cheguei a tempo, e ele nomeou-me como Ministra do Turismo, assim vale a pena esboçar um grande sorriso quando de repente parece que o país está a ir ao fundo. E por falar em fundo, parece que quem não afunda é mesmo o PSD que parece que anda a alcançar maioria, contrariando a popularidade de Sócrates. Ora pois está claro, nem eu esperava outra coisa! Ontem aqui por estes lados, houve uma coisa que se chama “rally das tascas”, aquelas coisas que os estudantes gostam de fazer e têm todo o direito disso, mas a verdade é que às tantas parecia o parlamento: uns não apareciam para beber em certa tasca, outros bebiam e levantavam-se logo e iam embora, e ainda havia aqueles que já não diziam nada de jeito. Houve mesmo muita gente que foi ao fundo, e qual foi o resultado? Uma grande dor de cabeça no dia seguinte, e é exactamente isso que muitos “políticos” têm…

segunda-feira, 21 de março de 2011

FMI, aperta aqui!

Ora é manchete num jornal, ora é primeira notícia do telejornal. Nem os blogues se livram de ter como título principal a palavra “crise”. Parece que anda por aí muito boa gente (que se julga) com conhecimento na matéria e envia uns quantos textos opinativos. Com isto lá vem o Governo, o orçamento de estado e o belo FMI chamado para a conversa. Se juntássemos todos numa mesa, num belo dia de verão a comer uma sardinhada, é que era bonito. Mas com o tempo que faz lá fora, fiquemos pelos salões de chá a apreciar uns quantos pastéis de Belém, ou conferências e congressos. Aí a sardinha, com toda a certeza não fará parte da ementa. Mande vir aqui para a mesa cinco um peixinho cherne, e já agora traga umas ostras também. E por falar em ementa, é engraçadíssimo quando na hora do jantar me deparo com uma rubrica no fim do telejornal que fala do que “os mais pequenos dizem sobre a crise”. Não há uma única criança que não refira que a culpa é do Governo, ou então, que o Português anda a gastar muito dinheiro. Pois pudera, a mandar vir ostras e “cherninho”, só cai da carteira de uns, não é de certo dos convidados Orçamento, Governo e FMI. Qualquer dia convido-os a vir até minha casa para jogarmos um Trivial Pursuit. Bem, mas com aqueles depoimentos dos mais pequenos, o que é que se quer mostrar? “ah, que queridos, têm razão” e sorrimos para a televisão como que uns espectadores perplexos com pequeninas belezas, de cabelos encaracolados, de voz querida que deliciam os mais maternos. Mas do que é que se estava a falar mesmo? Pois, o FMI. Se este fosse meu amigo no Facebook, com toda a certeza que reportava abuso, ou então se me pedisse amizade, diria “Agora não”, sim porque a opção “rejeitar” já não está disponível. Este FMI tem cara de poucos amigos. Pois! E por falar em crise, será que todas as greves que andam aí a ser feitas, são isentas de IVA? Já estou a ver o piquete das greves a percorrer os vários piquetes a perguntar: “Então e a grevezinha? Desejam com ou sem factura?”

terça-feira, 15 de março de 2011

Introdução

Um blog, todos têm um, ou pelo menos deviam! Não será mais um daqueles em que uma pessoa entra (maior parte das vezes por engano) e começa a pensar "mas que raio é isto que ela tem para aqui escrito?", mas sim algo bem soft, que por vezes até faz bem ler. Basicamente serão coisas sem jeito nenhum, em que opinarei, "cronicarei" (suponho que tal palavra não exista, mas queria pôr um -rei no final da palavra crónica, e pronto, lá sai um fracasso autêntico), e escreverei sobre tudo e mais alguma coisa. Há notícias a sair, há opinion makers a fazer a cabeça a muito boa gente, há a vizinha do lado a deixar cair as compras no chão após sair do carro (que até daria uma engraçada crónica), há muito para falar e mostrar. Não vou dizer "espero que gostem" porque há por aí tantos blogues, que basta carregar no Alt+f4 para sair do meu... Quer dizer, por acaso vou mesmo dizer "espero que gostem" e que comentem! É, adoro contradizer-me...