Ernest Tison - alemão - rejeitou o jackpot de
50 milhões?
Ok, ok... eu compreendo perfeitamente as suas
razões mas já que tinha ganho o prémio...
Não vivemos num mundo perfeito. O ser humano
tornou-se num animal egoísta e egocêntrico. E compreensível que cada vez
que lemos a noticia de um sem-abrigo que encontrou uma mochila com 31 mil euros
e devolveu ou um alemão que rejeitou o prémio do euromilhões, fiquemos
incrédulos com tal situações.
Vocês devolviam a mochila? Vocês rejeitariam o
prémio? Claro que estamos a falar de coisas bem diferentes – se bem que em
ambos os casos o dinheiro “é de alguém” e se tivermos em consideração os
argumentos de Ernest, serão também ambos ganhos de forma desonesta.
Mas a verdade é que a maioria das pessoas não
rejeitariam coisa nenhuma. Mais do que uma crise económica, estamos perante uma
crise de valores. Uma coisa leva a outra e assim sucessivamente. Não fazemos
ideia onde chegará mas de uma coisa já temos a certeza: são estes “egoístas”
que se têm safado da melhor forma.
Valerá a pena? Apenas depende daquilo em que
cada um acredita e isso é coisa que não vou discutir aqui…
“Acho deprimente este tipo de concursos, e a
culpa deles existirem somos nós, pessoas que precisam de dinheiro e não têm
como consegui-lo e no fundo, mais alimentam os nossos sonhos e ambições que
nunca conseguiremos… Enquanto outros enriquecem as nossas custas, o valor de
prémio que eles entregam, eles lucram três ou quatro vezes mais por semana. O
prémio que eles oferecem é um insulto para nós, população que gastamos muito
dinheiro. É por isso que nunca joguei, foi apenas uma excepção, e arrependo-me
disso…! Caso não seja possível rejeitar o prémio, irei recebe-lo e guardar
metade para os meus filhos e a outra metade para doar a instituições de
caridade, não usarei esse dinheiro para meu prazer. Recuso-me…!”
Uma coisa é certa - pelo menos o Ernest está muito bem informado quanto à mecânica das coisas...
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